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Interculturalidade

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Para os poucos deste planeta que conhecem a minha pessoa mas ainda não sabem, eu vou fazer um intercâmbio. Em poucos dias embarco na minha aventura para os Estados Unidos. Quando  exatamente ? Para onde  exatamente ? Não sei. Não sei e não é simplesmente pelo fato de que no programa de High School (o equivalente ao Ensino Médio brasileiro), do qual eu faço parte, o estudante simplesmente não tem direito de escolha. E depois de ler um pouco - ok, ler muito - sobre o que significa intercâmbio, eu meio que acho que esse não direito de escolha é totalmente certo. Você paga o programa e espera. Espera eles acharem uma escola nos EUA que esteja disposta a te aceitar. Espera eles acharem uma família nos Estados Unidos que esteja disposta a te hospedar por um ano sem receber nada em troca. Estranho, não? Não. O intercâmbio deixou de ser há muito tempo - se é que um dia foi - uma viagem turística. Não tem a ver com o privilégio de uma educação estrangeira. Não tem a ver com a língua  - que, de

plástico novo, café e grama

Eu fechei os olhos e respirei. Tentei absorver o máximo do teu cheiro. Uma mistura de plástico novo, café e grama que sempre me fascinou. Eu sabia que seria a nossa última vez juntos - ambos estávamos cansados de nos despedir de novo e de novo. Portanto, eu havia decidido que não o acompanharia até o aeroporto. Era certo que você não ia ficar overseas para sempre, mas aquele era, definitivamente, o nosso fim. Além das mudanças que certamente aconteceriam em nossas vidas nesses eternos dez meses, eu planejava me mudar geograficamente. Quero dizer, eram grandes as chances de que quando você voltasse para a nossa cidadezinha eu já não mais lá residisse. Nós sempre soubemos que isso acabaria, não é? Quero dizer, nós dois. Owatonna sempre foi pequena demais para mim. E de tanto eu falar, te convenci do mesmo. Mas por que, Adam? Por que ir antes de mim? Por que me deixar? “Eu te odeio tanto nesse momento”, eu chorei. Chorei e enxuguei minhas lágrimas na sua camiseta, enterrando o rosto no

Fallin' like I never fell before

I think I'm in love. I'm falling like I never fell before. I am hopelessly and terribly in love. And that sucks. It sucks wanting to scream and not being able to. It sucks sitting in my bedroom wanting someone to want me, to miss me.  And it sucks the most not having someone to talk about it. I think I'm enchanted. It's the only thing that explains the stalking instinct, the constantly checking for e-mails and the deep breaths when the person has to leave. And I just got what I'm attracted to. I don't love beauty nor intelligence. I like someone just like me but different. Someone who can surprise me even after a long time we know each other. I like someone vulnerable. I like to take care of people. I like messed-up and neglect ones. I like underdogs! And I like being praised. I like being described as a sweet guy when everyone knows I'm truly a hard cheese to swallow, a bitter tongue. I like the fact that someone really thinks I'm lovely, it makes me w

Real World

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Eu acabo de assistir um vídeo do Adam Young no qual ele faz a análise de uma das músicas do seu novo álbum - All Things Bright and Beautiful, sai dia 14 de Junho -, Real World. A música fala basicamente sobre desejar que a realidade fosse um pouco mais como a realidade na sua cabeça. Desejar poder escapar e aparecer e viver em um mundo só teu e do jeito que você moldou. "É uma canção sobre como você deseja poder escapar para dentro da sua própria realidade e seu próprio mundo, onde você pode controlar tudo o que acontece. Fala sobre se você pudesse realmente viver na sua própria realidade e no seu próprio mundo e voltar para o mundo real quando você quisesse." Coincidentemente ou não, a música do Adam tem uma base forte que já foi estudada milhares de anos atrás. Uma das teorias de Platão, filósofo grego do século IV a.C., fala de algo bem similar. A Teoria das Idéias, como é conhecida, implica e questiona o desempenho das pessoas no papel de serem elas mesmas. Esse autoco

Remembering Sunday (pt. 2)

All Time Low - Remembering Sunday.mp3 Eu saí do apartamento de Arthur sem respirar. No elevador, me impedi de pensar sobre o assunto enquanto limpava meu rosto todo borrado de maquiagem. Passei pela portaria sem cumprimentar o porteiro - conhecido de tantas outras vezes que fui na casa do Arthie. Sentei no banco do meu carro e desmontei. Era tudo muito claro na minha cabeça como sempre foi. Eu amava o Arthur de corpo e alma. Amava, sempre amei e sempre amarei. Amava-o desde que descobrira o sentido da palavra amor. Ele era o homem da minha vida... Ou não. Eu amava Arthur mais do que amo a mim mesma, motivo pelo qual nós não poderíamos ficar juntos. Ele sempre fora o cara mais lindo de todos. O mais lindo da escola, o mais lindo da faculdade, o mais lindo de qualquer lugar que estivesse. Seus olhos de um verde esmeralda capaz de fazer qualquer garota querer dar a vida para ele. Seus cabelos de um liso rebelde e escuros como carvão caíam com perfeição sobre seu rosto, emoldura