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Mostrando postagens de junho, 2014

Pessoas que sentem muito

Eu sinto muito. Não da maneira que eles sentem muito nos filmes dublados. Eu sinto muito de uma maneira exacerbada de sentir, de experimentar um sentimento. Uma maneira que toma conta de todo o meu ser. Eu sinto os cheiros, as cores, as dores. Eu sinto o vento, e eu sinto o grito. A glória e o sufoco. O desapontamento, e a frustração – esses eu sinto mais ainda. Eu sinto a vergonha e a cobrança como você nunca vai sentir. Eu sinto a alegria, a euforia, e a sensação de que naquele momento, e para sempre, nada de ruim vou sentir. Nunca mais. Eu tenho muita energia mas ela não é sinérgica. Ela sobe para a minha cabeça, tem barreira na garganta e fica presa no torso. E ali explode – ou deveria. Essa energia não me faz mas ativo, mas me paralisa. Faz-me pensar em tudo que eu posso ou poderia fazer se eu tivesse tempo para parar de pensar e fazer. É energia acumulada, rejeitada e empilhada. Não ordenadamente, mas tudo junto, no canto, em cima, e por todos os lados. Lateja. Uma pira d