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Mostrando postagens de junho, 2010

Tommas in Disgraceland.

Tom acordou atrasado como sempre. Penteou caprichosamente os cabelos e saiu de pijama e tudo para a aula, afinal causaria a maior inveja e comoção geral ao trajar suas novas pantufas em forma de estrela. Andava rápido e apressado, segurando seus cadernos e livros com a maior atenção que podia. Afinal, a atenção dispensada aos seus amores e desamores tinha que ser voltada para algum lugar. Andava bem depressa, num ritmo frenético. Então caiu. “Droga, de novo não!”, pensou. Caiu o suficiente para derrubar todos os seus livros – era a desculpa que admitiria de agora em diante: “a queda, foi muito ríspida, como esperavas que eu segurasse tudo?!” Mas a verdade (bem verdadeira) era que ele só estava esperava uma oportunidade qualquer para perder tudo. Logo que o processo chato e deprimente da queda passou, ele se levantou. Estava no mesmo lugar. Era um buraco que só o atrasava. Ele caía por alguns dias (às vezes empurrado por um infeliz qualquer) e voltava ao mesmo lugar. Atraso de vida, era