Carta à uma pessoa querida.

Rio de Janeiro, 17 de setembro de 2003

Manoela,
erm...Oi. Eu escrevi e apaguei zilhões de vezes o começo desta carta. É que eu simplesmente não sabia (sei?) o que dizer.
Talvez começar com um "oi linda", mas não. Efusivo demais pra mim. Você acima de qualquer outra pessoa sabe que esse não sou eu.
Às vezes penso se não nasci no lugar errado. Sou um sulista preso nesse inferno (esses dias deu 41 graus!) chamado Rio de Janeiro. Fala sério, de carioca eu só tenho o sotaque! Que eu, a propósito, tento a todo custo camuflar.
Como vão as coisas? Ouvi dizer que é maravilhoso na California. Eu queria tanto estar no seu lugar! Não, melhor: estar com você. Porque bá, você merece tudo isso.
Tem vezes que penso no quanto essa viagem lhe foi conveniente. Depois do que passou, você tem todo o direito de querer esquecer tudo e todos. Só espero que você não me esqueça...Tá bem, você não vai.
É, acho que é só. Não pretendo gastar mais o seu tempo com as minhas desimportantes palavras. Portanto adeus. Não, adeus não. Que tal um "até mais"? Volte rápido.
Gustavo.


-Aula de Português 17/09/08 Redação
-Resposta à carta de uma pessoa querida: http://caradepanela.wordpress.com/2008/09/20/resposta-a-carta-de-uma-pessoa-querida/

Comentários

Manoela, disse…
Eu gostei tanto desse texto, tanto. Acho que, em algumas partes, me vejo na Manoela. Em outras partes me vejo no Gustavo. Esse texto mexeu tanto comigo que fui capaz de respondê-lo em segundos. Como se a carta fosse realmente pra mim. Sou suspeita pra falar, okok! +_+
Guilherme M. disse…
PARA DE LER MINHA MENTE RENAN!

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