balanço

(Foto: Reprodução/Instagram)


vai.

o ano de 2015 acabou - finalmente. a comunicação alerta: odiamos estar vivos. torcemos para que o tempo passe rápido. matamos o tempo, fugimos da angústia ou da solidão. na esperança da aceitação da produtividade, nos ocupamos até o talo. tempo livre abre brecha pra cabeça voar livre, a solidão é perigosa.

volta.

terminar o ano tende a trazer um gosto amargo à boca. nessa época, lembramos do que deu errado com as todas as cores que não teve.

vai. um ano estranho, cheio de buracos camuflados pra gente cair dentro. as lacunas parecem ter deixado um legado - sempre deixam. dois mil e quinze. parecia não acabar, pareceu longo. pareceu cinco anos num só - não de uma maneira boa. aos corajosos, recomendo a psicanálise - ou a terapia que mais apeteça.

volta. é como fazer musculação, quase. às vezes a gente acha que não vai aguentar. os bracinhos fraquejam e a coluna dói com o peso. a cada passo, um compasso. a gente se estica, desdobra e desenha um ângulo reto.

vai. tentei. tentamos. o ano acaba branco, como os looks do revéillon. a paz [da felicidade, da calma, do amor] dá lugar àquela que sentimos quando empenhamos todos os esforços possíveis na resolução de um problema. missão cumprida.

fica para trás uma angústia remediável, prontinha para 2016 desenvolver.

volta.

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